Dia 23 de maio, na Concha Acústica da UnB

Tire suas poesias, sua voz, suas criações e seus afetos do armário. Para colocar em holofote os silenciados pela sociedade, um Sarau de Poesias LGBT+ será realizado, nesta quarta-feira, dia 23, na Concha Acústica, da Universidade de Brasília (UnB). A iniciativa gratuita, organizada pela (in)disciplina “Pensamento LGBT brasileiro”, é aberta ao público em geral e está marcada para as 19h24.



O objetivo é ainda celebrar a vida das pessoas LGBTs brasileiras, através da sua produção cultural, das declamações de poesias, performances, músicas e demais manifestações artísticas da comunidade LGBT. De acordo com o professor que ministra as aulas da (in)disciplina, Felipe Areda, através do sentimento e vontade de todos, o intuito também é memorar e re-existir enquanto pessoa LGBT.



“Um dos elementos marcantes na experiência das LGBTs é que a maior parte de nós cresceu em contexto predominantemente heterossexual e cisgênero, sem acesso a representações culturais LGBTs. O sarau é uma estratégia de difusão e de afirmação de um legado cultural da comunidade LGBT brasileira, criando um espaço de partilha das produções das artistas da nossa comunidade”, frisa Areda.



O sarau com direito a fogueira terá à disposição um microfone para cada um dos participantes se apresentar da maneira que achar mais confortável.  Aos participantes é possível levar bebidas e comidas, preferencialmente sem ser de origem animal. Também é imprescindível levar cangas coloridas para curtir o momento em volta da fogueira.



Para o estudante de engenharia mecânica e da (in)disciplina, Max Pepito, o sarau é a oportunidade das pessoas, que tiveram suas vozes silenciadas pela sociedade, de poderem se expressar de forma nua e crua, tratar de assuntos banalizados ou desmerecidos, além de expor seus sentimentos e ter a sua voz ouvida. “Escolhi a Linn da Quebrada, pois achei suas músicas avassaladoras. Ela expõe toda a sujeira, ataca, se empodera, transgride, assusta. E tudo sendo uma travesti, preta e favelada”, destaca.



O convite está feito e todos convidados: você sapatão, viado, trans, travesti, bi e aliadas. Chamem as minas, as manas, as migas, as monas, as travas, as bichas. Este é o momento de todos apresentarem a sua arte, sua música, sua performance ou a arte de qualquer pessoa LGBT. Viva ou celebre 
​também ​aqueles que tenham virado purpurina e solte a sua voz.

 
 

 

 

 

 

 

 

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